Auditoria Interna
Como selecionar a equipe de auditoria interna
As normas sobre Sistemas de Gestão da ISO, como por exemplo 9001:2015 /
14001:2015 / 45001:2018, no item que trata de auditorias internas, têm um
requisito que estabelece que devemos "Selecionar auditores e conduzir
auditorias para assegurar a objetividade e a imparcialidade do
processo de auditoria”.
Nas normas de Sistemas de Gestão da Qualidade API Q1 9ª edição e API Q2
2ª edição este mesmo requisito aparece escrito de outra forma: "As auditorias
devem ser realizadas por pessoal competente (ver 4.3.2.2) independentes
daqueles que realizam ou supervisionam a atividade sendo auditada para
assegurar objetividade e imparcialidade do processo auditado”.
Como selecionar uma equipe de auditoria para atender a esses
requisitos? Em princípio pode parecer simples: basta indicar pessoas de um
processo da empresa (exemplo: comercial) para auditar outro processo (exemplo:
produção)!
Não é tão simples quanto parece. Inúmeras questões devem ser
consideradas:
1. Teremos que treinar pessoas de todas as áreas da
empresa como auditores internos?
2. Será que uma pessoa de um processo (no meu
exemplo, do processo comercial) tem a competência (escolaridade + conhecimento
+ experiência + habilidades) necessária para auditar o processo da outra área
(no meu exemplo, a produção)?
3. Em empresas pequenas e médias, onde as pessoas
se conhecem e se encontram no horário do almoço, no deslocamento para casa, e
até fora do horário de trabalho, é possível atender ao requisito de
imparcialidade?
Então a menos que estejamos tratando de uma grande empresa, com
unidades em diferentes municípios, estados ou mesmo diferente país, quando
podemos selecionar pessoas do mesmo processo a ser auditado, mas sem contato
com "pessoas que realizam ou supervisionam a atividade sendo auditada”, a
seleção da equipe de auditores internos não é uma tarefa fácil.
Uma opção muito utilizada é selecionar auditores externos para
realizar a auditoria interna. Esta opção tem várias vantagens:
1. A empresa pode selecionar o auditor externo com
uma competência (conhecimentos, experiência) que vai acrescentar valor ao
resultado da auditoria;
2. Por não viver o contexto da empresa, o auditor
externo terá sempre uma visão "nova” e isenta das atividades, podendo apontar
oportunidades para melhoria que os auditores internos não "enxergam”.
3. Não é necessário treinar como auditor interno
pessoas de todas as áreas da organização, reduzindo o custo de treinamentos.
4.
O auditor externo vai realmente verificar a
conformidade com os procedimentos internos, pois não terá "preconceitos” contra
as normas internas estabelecidas.
5. Por sua experiência auditando outras
organizações conhece outros métodos para a realização das atividades e pode
propor oportunidades para melhoria que resultam em melhorias dos processos.
Para assegurar
a competência dos auditores externos a serem utilizados, é recomendável exigir
a certificação do auditor pelo Registro de Auditores Certificados – RAC,
organização acreditada pelo INMETRO para realizar a certificação de auditores
no Brasil (veja em abendicertificadora.org.br/rac).